RIO - Quarenta anos de história em quatro dias de oficinas, mostras e filmes, culminando num sábado à noite bombástico na Fundição Progresso. O festival Red Bull Funk-se vai juntar peças de um roteiro desconhecido até para a massa funkeira. A partir desta terça-feira (07.07), o evento refaz a evolução desse fenômeno pop, desde os bailes de soul de 1969, e também exalta a tendência que o DJ Sany Pitbull diz ser o futuro do tamborzão: a mistura chamada de "pós-baile funk".- O pós-funk é o batidão aliado a outros gêneros, como rock, choro e música clássica. Até hoje, os produtores sampleiam funk carioca só com ritmos black. Por que não misturar com, entre aspas, "música branca" também? A produção atual está centrada num beat só. Temos que abrir as cabeças - decreta o DJ, piloto de bailes nos morros do Salgueiro e do Cantagalo, também conhecido de pistas em boates de Londres e Berlim.
Sany é um dos curadores do Funk-se e toca na festa de sábado. Nessa noite, rola um revezamento de MCs e DJs essenciais para o funk, como Tubarão, Batata e Duda do Borel. Depois, tem uma batalha de DJs com sintetizado$MPC e, a seguir, uma reunião de três gerações, representadas por Gerson King Combo, pioneiro da cena black do Rio; os MCs Menor da Chapa e Sabrina, da novíssima safra; e o rapper B Negão, fazendo elo entre eles. Pitbull entra para expor o "futuro", com seu mix de batidão embalando Nirvana, Daft Punk e muito mais.
- Esse encerramento vai ser em grande estilo. É um sonho poder reunir três gerações dessa história. E vamos fazer uma homenagem a Michael Jackson durante o show - conta Sany Pitbull.
Nenhum comentário:
Postar um comentário