A funkeira Taty, da dupla A princesa e o plebeu, conta como o axé de sucesso virou funk

Quando a música é sucesso, consegue ultrapassar qualquer fronteira: o rebolation, que nasceu de uma coreografia das festas rave, virou febre no verão em ritmo do axé, primeiro na Bahia, e depois no Brasil inteiro. Agora, o ritmo conquista outros terrenos ao som do batidão do funk carioca. Os responsáveis pela nova roupagem do sucesso do grupo Parangolé são Taty Gomes e Ronaldinho, da dupla A princesa e o plebeu

A nova versão, mixada por Dennis DJ, já ganhou vários fãs. Mas Taty garante que nada disso foi planejado.

- A gente se apresentou durante cinco dias no carnaval de Salvador, e a música tocava em todo lugar, chegava a enjoar. No nosso show, canta$de improviso. Quando o DJ soltou o tambor e começamos a cantar o "Rebolation", a galera veio abaixo - conta a funkeira.

De lá para cá não pararam de chover pedidos, pela internet, de uma música que nem estava no repertório da dupla. Só depois de tanto burburinho é que nasceu de verdade a versão funk do rebolation: no mesmo dia em que foi mixada, já estava nas rádios.

- É uma experiência totalmente nova pra gente, o retorno é imediato - diz Taty, lembrando que não há competição entre os ritmos - Isso é bom pra eles também. No fim das contas, estamos divulgando o trabalho do Parangolé. Tanto que, na música, nós dizemos que vamos misturar axé com funk.

Música é obrigatória nos shows da dupla

Apesar de fugir um pouco da linha romântica da dupla, o hit agora é obrigatório nos shows dos funkeiros, que fazem uma média de oito apresentações por semana.

- Artista de funk gosta mesmo é de ver a galera se acabar - conta Taty.

A funkeira se diverte explicando que, no palco, o Plebeu assume seu lado dançarino e faz direitinho a coreografia.

- Eu digo: "Meninas, o Leo (Santana, vocalista do grupo de axé) comeu muito acarajé! - brinca.

A dupla agora tem planos de fazer o videoclipe oficial da música, mas quer contar com a ajuda dos fãs:

- Vamos lançar um concurso, onde os internautas podem mandar o seu próprio vídeo com a coreografia do rebolation. Os melhores vão ser aproveitados no nosso clipe.

E aí, gostou da ideia? Então fique de olho no site www.aprincesaeoplebeu.com.br. Depois, é só botar a mão na cabeça, porque vai começar o rebolation!

Dennis DJ lança DVD com sucessos do funk

Falando assim parece estranho, mas a inovação proposta por Dennis DJ em seu primeiro DVD, “Elementos do funk”, deu certo. Os elementos do título, aliás, são os tais instrumentos que parecem tão distantes do batidão característico, mas combinaram bem com a bateria eletrônica de Dennis.

O DVD, gravado na West Show, em Campo Grande, no ano passado, é dividido em duas partes, “Melody” e “Tamborzão”. Na primeira, violão, saxofone e companhia fazem toda a diferença em arranjos sofisticados para músicas que bombam nas pistas (não só dos bailes), como “Tô tranquilão”, música de Dennis na voz de MC Leozinho, e “Arrasa nem”, de MC Marcinho. Leozinho ainda aparece com “Blom blom blom”.

Já “Tamborzão” é recheado de hits dos bailes e do programa “Som do galerão”, comandado por Dennis na Beat98. Tem de “Os bonitinhos”, com Gorila e Preto, a “Coraçãozinho”, de MC Marcelly.

Nos extras, a atração é um clipe caprichado de “O tamborzão tá rolando”, de Koringa.

Parabéns, Filé!

Yani de Simone, a Mulher Filé, completou 21 aninhos, no último dia 28 de fevereiro, com festão em um sítio em Campo Grande. Filé se acabou de tanto dançar e até ficou descalça. "Foi um bafo a festa", disse ela.

MC Maiquinho

MC Maiquinho, morador do Pereirão, tem quatro músicas tocando na Beat

Maiquinho posa com a vista do Pereirão, onde mora

Quem ouve a Beat98 sabe: MC Maiquinho está bombando. O funkeiro, que atualmente tem quatro músicas na programação da rádio — “Te larguei, otária, pra ficar com a tua irmã”, “Ri pro meu lulu”, “Me leva contigo” e “Aquecimento dos psicos” — deu muito duro no começo, há cinco anos, quando tinha 15.

— Eu ia de carona de comunidade em comunidade. Em cada baile que chegava, pedia ao DJ para cantar. Mas eu era muito moleque, ninguém me dava atenção — lembra Maycon de Oliveira.

A sorte do MC mudou quando um DJ no baile do Santa Marta, em Botafogo, finalmente lhe deu o microfone. Algumas semanas depois, Maiquinho voltou e teve uma surpresa: todo mundo no baile cantava “A Zona Sul é nossa”, seu primeiro sucesso.

Mesmo após a oportunidade, a vida continuou dura.

— Ouvia rádio todo dia, esperando tocar minha música. Quando tinha show, ganhava no máximo R$ 200 — conta ele, que agora faz cerca de seis apresentações todo sábado e recebe sete vezes mais para cantar.

A maquete Morrinho levou Maiquinhoi a viajar pelo mundo

Mas antes de fazer sucesso na música, Maiquinho já tinha rodado o mundo para exibir seu talento como artesão. Aos 15 anos, ele e seu irmão mais velho, Nelcirlan, viajaram para vários países para expor o Morrinho, maquete que ambos criaram do Pereirão, favela onde moram desde crianças. Foi numa dessas viagens patrocinadas por projetos culturais que ele cantou pela primeira vez em público: na França, na boate Favela Chic. Chique o moço!

Mulher Melão será candidata a deputada estadual pelo PSH

Funkeira decide se lançar na política e quer ajudar os idosos em primeiro lugar

POR CLARISSA MELLO

Rio - Durante a inauguração do Hospital da mulher Heloneida Studart, Renata Frisson, a Mulher Melão, anunciou que será candidata a deputada estadual, em outubro, pelo PSH . A funkeira contou que decidiu subir nos palanques há pouco tempo. “Faço shows em todos os lugares do Rio, inclusive em comunidades, e acabei percebendo alguns problemas sociais. Sou rainha dos taxistas e conheci problemas da categoria”.

Renata ainda não tem plano de campanha , mas sabe qual o público que ajudará primeiro: “Penso muito nos idosos”.

Ela não vê problema em ser dançarina de funk e ocupar espaço na Alerj. “Mulher Melão é minha personagem. Temos deputados cantores, apresentadores de TV... , lembra.

A dançaria esteve na inauguração do Hospital Heloneida Studart

Funk para Ronaldinho Gaúcho na Copa faz sucesso na internet

MC Vozão, de Curitiba, entrou na onda da música no futebol

Os funks estão virando moda no futebol. Jogadores como Dodô e Carlos Alberto, do Vasco, e Abreu, do Botafogo, ganharam músicas de torcedores no inconfundível ritmo do "batidão". Se já não bastasse aos fãs do jogo homenagearem os ídolos dos clubes, desta vez um torcedor foi mais longe: criou uma música que clama por Ronaldinho Gaúcho na Seleção Brasileira.

Otávio Alves, estudante de Direito em Curitiba, contou ao LANCENET! como criou um dos vídeos mais clicados da internet nos últimos dias. Sob a alcunha de MC Vozão, o torcedor do Atlético-PR botou a boca no trombone - ou na corneta - para fazer coro aos que pedem pela presença do jogador do Milan na Copa do Mundo.

- A ideia surgiu em uma conversa de bar com amigos. A gente se perguntava como era possível nomes bem menos expressivos do que o de Ronaldinho estarem confirmados na Seleção, e o dele não. E brincando de fazer algumas frases eu disse que o assunto poderia render um funk - disse Otávio, que se mostrou surpreso com o sucesso da música

Levei adiante apenas como diversão, para mostrar aos amigos. No dia seguinte um deles me ligou dizendo que já era um dos mais clicados - afirmou o torcedor, que não tem preferência por um jogador que deixaria a Seleção para a entrada do Gaúcho.

- Que saia qualquer um, o que não pode é faltar Ronaldinho na Copa - concluiu.

Confira a letra do funk do MC Vozão pela convocação de Ronaldinho Gaúcho

"Ei, Dunga, meu irmão

Me diz qual é que é
Tu não leva o Ronaldinho
Mas vai levar Josué?

Ronaldinho é craque
O cara é um artista
E se o Kaká se machucar
Vai jogar Julio Baptista?

Dunga, meu irmão
Ele te deixou no chinelo
Tu levou foi chapéuzinho
Humilhado, dez a zero
E não vai levar o cara pra levar Felipe Melo?"

Funk ganhou o mundo - por Ancelmo Gois - Jornal O Globo

O funk “Rap das armas”, sucesso na boate Shish, em Hartford, EUA, como saiu aqui, também faz carreira na Alemanha e na Argentina. Na boate GLS Amerika, em Buenos Aires, o batidão da trilha de “Tropa de elite” é uma sensação e, em Berlim, um sucesso nas casas noturnas.