O cantor assistiu à homenagem ao parceiro em sua casa, com a mulher e os filhos. Apesar da falta que sente de Claudinho, Buchecha conta que adorou o resultado final. “Colocamos um lençol no tapete de casa e fizemos uma pipoca. Eu não havia visto nada ainda, assisti como um telespectador qualquer e, por isso, fiquei tão emocionado”, disse Buchecha, que sentiu falta apenas do reconhecimento à Furacão 2000, primeira equipe de som a dar uma oportunidade à dupla: “Gravamos muita coisa, mas pelo tempo, claro, o material foi editado”.
O momento mais dramático para o cantor foi quando ele e o amigo se encontraram num posto e não se cumprimentaram. A cena, um tanto mal explicada, deu margens para as pessoas especularem se houve ou não uma briga antes do acidente que matou Claudinho. Buchecha garante que não e explica o que aconteceu. “Claudinho tinha comprado um carro novo dois dias antes daquele show de Limeira (em São Paulo) e não quis voltar conosco na van. Tentei fazê-lo mudar de ideia, sempre viajávamos juntos e não achei sensato ele voltar com o seu Ivan dirigindo, que ele já era um senhor de idade. Mas ele não me ouviu...”, contou Buchecha, já com a voz embargada.
Ao remexer no passado, Buchecha mostrou que, mesmo com o passar dos anos, ainda sente culpa pelo que aconteceu. “Eu me sinto muito culpado. Acho que eu deveria ter insistido mais, ter brigado até. Ele sempre me ouvia... Claudinho era um molecão, adorava jogar bola. E eu era a única pessoa que ele atendia. Só eu conseguia tirá-lo do campo de futebol, sabe? Acredito que, mesmo sem saber, eu já sentia que algo de ruim aconteceria”, confessou.
Quando reviu a fatídica cena em que ele e Claudinho se olham, pela última vez, Buchecha desabafou: “Eu deveria ter dado um abraço nele, um beijo e dito que eu o amava”.