BATEMOS UM PAPINHO COM GAROTA X, A MULHER BANANA DO FUNK

Fonte: Irving Alves – Site http://mixbrasil.uol.com.br/

Em abril deste ano os leitores do Mix puderam conferir à perfomance babado da funkeira carioca conhecida no Rio de Janeiro como Garota X. Integrante do time da Furacão 2000, a fofa moradora de Nova Iguaçu aparece em um dos DVDs da companhia soltando a voz no Funk da Mulher Banana, uma alfinetada na onda de mulheres-fruta que toma conta do País.
Hoje a Garota X participa de boa parte dos bailes promovidos pela Furacão 2000, tanto no Rio quanto em outros Estados. Nesta sexta, 05, e no sábado, por exemplo, ela passa por algumas cidades do interior de São Paulo. (Sexta no Espaço Mix de Suzano, Rainbow de Caieiras e no Vale Show de São José dos Campos. Sábado n´O Caipirão de Embu das Artes, Viva Brasil de Santo André e Chapéu Brasil de Sumaré).
No papo com o Mix, a Garota X conta um pouco da sua história, fala dos bofes e critica travestis que ganham a vida com prostituição.

Você sempre foi funkeira?
Sempre, desde criança ouço funk.

Quem foi o primeiro a perceber que você tinha futuro no funk?
Tudo começou quando eu morava em Queimados [interior do Rio] e me convidaram para apresentar um programa na rádio comunitária. Eu fazia paródias de músicas de vários artistas, mas tudo de brincadeira. Nunca tinha pensando em ser MC. Um belo dia em estava cantando em um pagode quando o DJ Luisinho me chamou para gravar o Funk da Mulher Banana na Furacão 2000. Eles me deram uma super força.

Esse hit é de sua autoria?
Sim, eu escrevi. Tanto o Funk da Mulher Banana quanto outras músicas. Uma delas é "Seu Cu...ca".

Você tem namorado?
Não, estou solteira. Fui casada durante 3 anos e há seis meses estou solteira. Seis meses esperando que ele volte. Mas foi bom ter esse tempo. Pude me concentrar na minha carreira.

Você vive do funk?
Sim, hoje eu vivo do funk. Nunca me prostituí, jamais faria isso. Já recebi muitas propostas, mas sempre recusei. Tem travesti que diz que faz programa porque não tem outra opção. Mas sempre tem algo além disso para se fazer. Dá para trabalhar em salão de beleza, casa de família. É só querer.

Os bofes te cantam muito nos bailes?
Cantam, viu? Mas como hoje em dia todo mundo me reconhece, para na rua para pedir autógrafos, eles acabam se assustando um pouco. Às vezes alguém quer me levar para casa, mas não sabe como reagir ao assédio em cima de mim. Acho que eles tem medo de se exporem.

Você pensa na sua carreira além da Furacão 2000?
Olha, eu deixo as coisas acontecerem bem naturalmente. Mas desde que apareci no DVD da Furacão, percebi uma sintonia muito forte com as crianças. Elas chegam, pedem para tirar foto comigo. E alguns pais dizem: "Eu comprei o DVD da Furacão, mas meu filho só quer ouvir o Funk da Mulher Banana". E aí começei a pensar em trabalhar com crianças. Eu poderia ser a Xuxa do funk.

O que você tem que as demais mulheres-fruta não têm?
A banana! Mas falando sério, eu só considero mulher-fruta a Melancia, a Moranguinho, a Jaca e a Melão. Com elas eutenho até contato. O resto caiu de pára-quedas para tentar pegar carona no sucesso das outras.